sábado, novembro 14, 2009

Como agem um comunista e Suplicy diante da violência antidemocrática? Sobre Yoani Sanchéz de Cuba

Como agem um comunista e Suplicy diante da violência antidemocrática?

E por falar em comunismo (ver post abaixo), deixei passar esta notícia na quarta-feira. Mas nunca é tarde para recuperar. Comento em seguida:

CCJ aprova voto de repúdio a governo de Cuba pela prisão de blogueira
Da Agência Senado:
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (11), voto de repúdio ao governo cubano pela prisão da escritora Yoani Sánchez, criadora do blog Generación Y. Na última sexta-feira (7), ela e dois outros blogueiros foram detidos por agentes de segurança durante uma passeata contra a violência.
O requerimento do presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO) foi aprovado com voto contrário do senador Inácio Arruda (PCdo-B-CE) e com a abstenção do senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Suplicy disse ser a favor desse protesto da CCJ, mas defendeu que a votação do requerimento acontecesse somente após ouvir explicações da embaixada cubana no Brasil sobre o episódio. O senador foi designado, na reunião desta quarta-feira, pelo presidente da CCJ, para intermediar, junto à embaixada de Cuba, a vinda de Yoani à comissão, como já havia sido aprovado pelo colegiado.
O senador por São Paulo afirmou temer que o convite para que Sánchez venha ao Brasil, para ser ouvida pela CCJ e também para o lançamento de seu livro pela Editora Contexto, tenha causado preocupação ao governo de Cuba. Ele disse esperar que a escritora venha ao Senado antes da homenagem do Congresso aos 50 anos da revolução cubana, marcada para o início de dezembro.
Segundo Demóstenes, o convite para ouvir a blogueira, formulado pela Comissão e encaminhado pelo presidente do Senado, José Sarney, à embaixada daquele país, sequer recebeu resposta.
O voto de repúdio foi apoiado "com entusiasmo e convicção" pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM). O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) também afirmou apoiar qualquer iniciativa que seja contra um ato ditatorial.
Já o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) afirmou que prefere esperar pelas explicações da embaixada cubana. Ele ponderou ainda que o requerimento deveria ser votado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e não pela CCJ.

Livro
A CCJ aprovou, em 23 de setembro, requerimento de Demóstenes para que Yoani participe de audiência pública sobre o livro "De Cuba, com Carinho". O livro é uma coletânea de textos sobre o cotidiano do povo cubano, publicados por ela em seu blog, em defesa da maior liberdade de expressão em seu país.
No requerimento, o presidente da CCJ explica que o lançamento do livro, pela Editora Contexto, no final de outubro, seria uma oportunidade para que Brasil e Cuba incrementem o diálogo bilateral.

Comento
Viram só? Por que um comunista do Brasil, como Inácio Arruda, seria contra a intimidação e a prisão de pessoas, não é mesmo? Imaginem… Se ele é do PC do B, quer dizer que não reconhece como verdadeiras nem as críticas que o ditador Kruchev fez ao arquiditador Stálin. Isso significa que, entre uma ditadura sanguinária e uma ditadura muito sanguinária, um comunista do Brasil escolhe a muito sanguinária por uma questão de coerência ideológica.

Quanto a Suplicy, dizer o quê? Diante da intimidação e da prisão arbitrária, ele pediu tempo para pensar… E depois vai pedir um tempo para falar, e é aí que o bicho pega.: mais 50 anos de ditadura.  Já não há mais matizes do patético para este senhor.

Os que acham que Yoani é uma fraude certamente acreditam que os senadores que repudiaram a violência fizeram papel de bobos e que certos mesmo estão Inácio Arruda e Suplicy…

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