Há quem discorde dessa visão, com base em argumentos também poderosos. Com a liberação do consumo da maconha, mais gente experimentaria a droga. Isso aumentaria o número de dependentes e mais gente sofreria de psicoses, esquizofrenia e dos males associados a ela. Mais gente morreria vítima desses males. "Como a maconha faz mal para os pulmões, acarreta problemas de memória e, em alguns casos, leva à dependência, não deve ser legalizada", afirma Elisaldo Carlini, médico psicofarmacologista que trabalha no Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (Cebrid). "Legalizá-la significaria torná-la disponível e sujeita a campanhas de publicidade que estimulariam seu consumo".
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O teor em tetrahidrocanabinol (THC), substância psicotrópica contida na maconha, alcançou, em média, 9,6%, em 2007, nas amostras apreendidas pela polícia, mais do que em qualquer outro momento, desde que as análises científicas começaram a ser feitas no final dos anos de 1970. Além disso, mais do que dobrou desde 1983 (quando era de menos de 4%), alertou o ONDCP, órgão responsável pela política nacional de controle da droga, ao divulgar um estudo da Universidade do Mississippi (sul).
O nível mais alto de THC encontrado em uma amostra da erva, medida nos últimos meses, foi de surpreendentes 37,2%, segundo o estudo.
"O aumento da potência da maconha preocupa, já que incrementa a probabilidade de toxicidade aguda, incluindo problemas mentais", explicou a diretora do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, Nora Volkow, em nota divulgada hoje.
"Particularmente preocupante é a possibilidade de que o THC mais potente possa ser mais efetivo para desencadear as mudanças no cérebro que possam levar ao vício. É necessária, porém, mais pesquisa para estabelecer esse vínculo entre uma maior potência de THC e um maior risco de vício", completou.
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