Em entrevista para a revista Veja, Alexandre Guimarães, 38 anos, funcionário concursado do Senado desde 2004, chefe da consultoria legislativa, e que recebe mais de 20.000 reais por mês, entre salário e vários benefícios, revela sua intenção de abandonar o emprego. Ele conta que não convive direito com os truques armados pelos parlamentares e funcionários da Casa.
Diz Alexandre Guimarães: "Prestei concurso em 2002 e entrei dois anos depois de uma maneira estranha, no que ficou conhecido como o concurso dos 40 do Pedro Costa (Pedro Pereira da Silva Costa é filho de um jornalista maranhense e trabalha com Sarney desde a Presidência da República). Eu fui o 19º colocado em um concurso para preencher apenas três vagas. De repente, chamaram 40. Tudo isso, soube depois, apenas para que um amigo do presidente Sarney conseguisse um emprego no Senado". Alexandre Guimarães diz que começou a estranhar o seu novo emprego desde o começo: "Não tinha nem mesa para trabalhar. Era constrangedor. Eu ia lá todo dia, assinava o ponto, ficava enrolando um pouco e voltava para casa sem fazer nada". Ele admitiu que também já foi beneficiado pelos esquemas que estão sendo denunciados: "Eu consegui autorização do Senado para ultrapassar o limite legal de endividamento pelo crédito consignado". Antes de passar no concurso, Alexandre Guimarães informa que trabalhou com o senador Gilvam Borges (PMDB), no Amapá, até descobrir que seu salário era pago pelo Senado Federal, embora trabalhasse em uma rádio do senador: "Quando soube, saí de lá". Hoje, mesmo recebendo três ou quatro contracheques por mês, com salário básico de 6.411 reais, mas que vai a 23 mil reais, e ultrapassa o teto do funcionalismo público, com as horas extras, gratificações, comissões e outros penduricalhos, Alexandre Guimarães se diz envergonhado: "Vim da iniciativa privada e nunca me acostumei com isso. Tirei férias no início do mês e fui visitar uns parentes. Foi duro chegar para a família e tentar explicar a todo mundo que eu sou diferente dessa imagem do Senado. Em Brasília, não posso mais sair com os amigos, porque virei piada em mesa de bar. Hoje em dia, qualquer proposta me tira do Senado, porque o desgaste não compensa".
Diz Alexandre Guimarães: "Prestei concurso em 2002 e entrei dois anos depois de uma maneira estranha, no que ficou conhecido como o concurso dos 40 do Pedro Costa (Pedro Pereira da Silva Costa é filho de um jornalista maranhense e trabalha com Sarney desde a Presidência da República). Eu fui o 19º colocado em um concurso para preencher apenas três vagas. De repente, chamaram 40. Tudo isso, soube depois, apenas para que um amigo do presidente Sarney conseguisse um emprego no Senado". Alexandre Guimarães diz que começou a estranhar o seu novo emprego desde o começo: "Não tinha nem mesa para trabalhar. Era constrangedor. Eu ia lá todo dia, assinava o ponto, ficava enrolando um pouco e voltava para casa sem fazer nada". Ele admitiu que também já foi beneficiado pelos esquemas que estão sendo denunciados: "Eu consegui autorização do Senado para ultrapassar o limite legal de endividamento pelo crédito consignado". Antes de passar no concurso, Alexandre Guimarães informa que trabalhou com o senador Gilvam Borges (PMDB), no Amapá, até descobrir que seu salário era pago pelo Senado Federal, embora trabalhasse em uma rádio do senador: "Quando soube, saí de lá". Hoje, mesmo recebendo três ou quatro contracheques por mês, com salário básico de 6.411 reais, mas que vai a 23 mil reais, e ultrapassa o teto do funcionalismo público, com as horas extras, gratificações, comissões e outros penduricalhos, Alexandre Guimarães se diz envergonhado: "Vim da iniciativa privada e nunca me acostumei com isso. Tirei férias no início do mês e fui visitar uns parentes. Foi duro chegar para a família e tentar explicar a todo mundo que eu sou diferente dessa imagem do Senado. Em Brasília, não posso mais sair com os amigos, porque virei piada em mesa de bar. Hoje em dia, qualquer proposta me tira do Senado, porque o desgaste não compensa".
Ele também informa que o clima de trabalho no Senado atualmente é péssimo: "Os funcionários sérios estão constrangidos por ter sido jogados nessa vala comum. E os desonestos estão desesperados de medo de ser pegos. Conheço uma pessoa que passou em um concurso de nível médio e hoje tem três mansões em Brasília. Agora está em pânico para vender o patrimônio antes que descubram as irregularidades das quais participou. Como ele, há muitos que participam de esquemas de corrupção".No Vide Versus
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