domingo, agosto 24, 2008

Promiscuidade Poder Executivo com o Poder Legislativo

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou da tribuna, nesta quarta-feira (20), que aumentou a capacidade de corrupção do Poder Executivo nos últimos anos:

- O Poder Executivo fez crescer a sua capacidade de corromper nos últimos anos e essa é a razão dos escândalos de corrupção que pipocaram nas manchetes dos jornais do país, quase que diariamente - afirmou o parlamentar.

Alvaro Dias comunicou ao Plenário o início da etapa paranaense da campanha "O que você tem a ver com a corrupção?", promovida pela Associação Nacional do Ministério Público e pelo Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União. Ele elencou uma série de escândalos de corrupção nos últimos tempos: mensalão, Waldomiro Diniz, Prefeitura de Santo André (SP) - "que culminou com a morte do prefeito" - "sanguessugas", cartões corporativos, venda da Varig e ainda obras superfaturadas.

Lembrou que, recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a suspensão de obras superfaturadas nos aeroportos. Citou também auditoria realizada pelo TCU em 223 obras, das quais apenas 50 estavam sendo executadas com preços corretos.

- Bilhões de dólares deixam de ser investidos no Brasil exatamente porque os conglomerados econômicos do mundo escolhem para investir países com índices menores de corrupção. Os nossos índices são alarmantes e, por isso, afugentam investimentos estrangeiros que poderiam contribuir de forma excepcional para o desenvolvimento deste país - afirmou.

Alvaro Dias disse que os escândalos também decorrem de uma relação de promiscuidade do Poder Executivo com o Poder Legislativo e também com o setor privado, mas ressaltou que o Poder Executivo sempre se apresenta como o grande corruptor.

No mesmo pronunciamento, o senador também se associou ao voto de pesar pela morte do compositor Dorival Caymmi e pediu que o sinal da TV Senado seja aberto no estado do Paraná.

 PLENÁRIO / Pronunciamentos  20/08/2008 :Alvaro Dias diz que "aumentou a capacidade de corrupção" do Poder Executivo

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