sexta-feira, julho 31, 2009

Sobre a esquistossomose

A esquistossomose é causada por vermes do gênero Schistosoma e provoca quadros clínicos diferentes, de acordo com a espécie de parasito envolvida – das cinco que infectam o homem, apenas uma é encontrada nas Américas, conhecida como Schistosoma mansoni. Endêmica no Maranhão, Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a doença registrou mais de 106 mil casos no país em 2006, segundo dados do Ministério da Saúde.

O ciclo da esquistossomose mansônica, que também é registrada em países da África, da Europa Mediterrânea e em ilhas do Caribe, tem início quando um homem infectado elimina ovos do parasito junto com suas fezes, que eclodem ao entrar em contato com a água de rios e lagos, liberando larvas – os miracídios – que infectam caramujos presentes no ambiente. Nos caramujos, os miracídios transformam-se em cercárias – um outro tipo de larva também liberado na água e capaz de infectar o homem através da pele. No organismo humano, o parasito atinge a corrente sangüínea e percorre diversos órgãos, como pulmões e coração, até se alojar em vasos intestinais e hepáticos, onde amadurece e se torna um verme adulto.

 Não existe vacina para a esquistossomose e o tratamento consiste na administração de praziquantel. O controle deve ser realizado sobretudo a partir de saneamento básico e medidas adicionais como educação em saúde e controle dos caramujos também são recomendadas. A eliminação de focos de transmissão do parasito ainda é um desafio imposto pelas condições socioeconômicas precárias do país e pela presença de outros vertebrados, como roedores, que também podem ser reservatórios da doença.

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da Fio Cruz 

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