A vítima recebeu dois tiros, teve as costas queimadas com leite quente, os pulsos quebrados, foi esfaqueada e teve os dedos profundamente cortados pelo agressor para que confessasse supostas traições, numa sessão de tortura que durou mais de quatro horas na casa onde moravam, em Villas do Atlântico.
Apresentado na Secretaria da Segurança Pública (SSP), na Piedade, Adalberto França admitiu as diversas agressões, mas disse não se recordar com detalhes o que fez. Inicialmente protestando por estar sendo filmado e fotografado, narrou em seguida com riqueza de detalhes como o relacionamento com a vítima descambou na tentativa de homicídio. Acusou Luciana Lopo de ficar olhando de forma indevida para alguns homens e de ficar "copiando os caras".
Segundo o acusado, durante as agressões, ela teria confessado casos com vários homens, principalmente com "inimigos" dele. Indagado se a confissão não ocorreu devido às ameaças e às agressões, ele disse: "Não acredito que uma pessoa com uma arma carregada apontada para a cara vá mentir. Eu disse para ela que não ia atirar se ela dissesse a verdade e não atirei. Acho que atirei para o chão". Ele disse "não se lembrar" como os tiros atingiram a assistente social. O inquérito será presidido pela delegada Jamila Cidade (Vila de Abrantes), e o preso é acusado de tentativa de homicídio segundo a Lei Maria da Penha, que aumentou o rigor das punições das agressões contra a mulher no âmbito doméstico.
Contradições Adalberto França se disse arrependido das agressões e declarou que Luciana Lopo é uma esposa perfeita, mas ele se desesperou depois que não conseguiu confirmar suas suspeitas de traição, bebeu o dia todo antes da agressão e alegou que "teve um surto".
A polícia técnica esteve nesta segunda no Hospital Espanhol, após Luciana Lopo ter alta da Unidade de Terapia Intensiva, para realizar o exame de corpo de delito. Segundo a irmã da vítima, Andrea Brasileiro, Luciana ainda não foi informada da prisão do marido. "Ela ainda está muito traumatizada. Por isso, achamos melhor não dizer nada por enquanto. Penso que o melhor é que ela se recupere", salientou.
Os pais da assistente social ficaram abalados com a prisão e foram medicados. Segundo a irmã da vítima: "Queremos agora que não haja brechas nas leis e que ele fique preso. Adalberto precisa pagar pelo que fez, pela dor que minha irmã e minha família estão sentido".
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