"Durante  oito inesquecíveis anos, a jornalista Xinran apresentou na China um programa de  rádio em que muitas mulheres falavam de si próprias e da sua vida. «Palavras na  Brisa Nocturna», assim se chamava, rapidamente se tornou no mais famoso programa  de rádio chinês. Nele se revelava o que significa ser mulher na China de hoje.  Nesta primeira obra impressionante, Xinran revela as muitas formas como foi  obrigada a contornar o sistema e dá voz a todas as mulheres chinesas,  independentemente do seu estrato social. Este é um livro que começa onde «Cisnes  Selvagens» de Jung Chang terminou: a vida das mulheres chinesas depois de  Mao."
A propósito da situação da mulher, a Agência  Xinhua revela que Noventa milhões de mulheres casadas na China são vítimas de  violência doméstica... (Lusa)
http://sinico.blogspot.com/2006/03/dia-internacional-da-mulher.html
                                                    Descrição da editora
Durante oito inesquecíveis anos, a  jornalista Xinran apresentou na China um programa de rádio  em que muitas mulheres falavam de si próprias e da sua vida. «Palavras na Brisa  Nocturna», assim se chamava, rapidamente se tornou no mais famoso programa de  rádio chinês. Nele se revelava o que significa ser mulher na China de hoje.  Nesta primeira obra impressionante, Xinran revela as muitas formas como foi obrigada  a contornar o sistema e dá voz a todas as mulheres chinesas, independentemente  do seu estrato social. Este é um livro que começa onde «Cisnes Selvagens» de  Jung Chang terminou: a vida das mulheres chinesas depois de  Mao.
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Uma menina  é estuprada pelo pai desde os 11 anos de idade. Seu alívio foi ter sido  internada em um hospital, onde encontrou o toque gentil nas patas de uma mosca.  Não uma pessoa, uma mosca. Ficou feliz quando soube que iria morrer e não  precisaria voltar para a casa do pai.
Essa e  outras histórias igualmente trágicas estão no livro da jornalista chinesa  Xinran, que as coletou na época que trabalhava num popular programa de rádio da  China. Em 1983, quando iniciou as transmissões, Deng Xiao Ping iniciava um  tímido processo de abertura e o jornalismo no país podia dar seus discretos, mas  importantes passos para mudar o panorama das notícias. Foi assim que "Palavras  na Brisa Noturna" pode ser ouvido e mudar a vida de diversas  mulheres.
Xinran  recebia milhares de cartas e até mesmo pedidos de ajuda de seus leitores. Um  anônimo a reportou o sofrimento de uma menina de 12 anos que vivia acorrentada  num pequeno vilarejo por um velho, que a estuprava. Também fazia pesquisas de  campo. Foi até o presído de Hunan para conhecer Hua'er, presa por promiscuidade  ou, em palavras oficiais "delitos sexuais e coabitação  ilegal".
Nascida em  família rica, Xinran também foi vítima da opressão sofrida pelas mulheres de seu  país. Não que tenha sido violentada ou agredida, mas com 22 anos teve medo de  ter sido engravidada pois pegara na mão de seu professor numa festa ao luar. A  contribuição que deu para os direitos humanos não só da China, mas como de  várias partes do mundo a colocou como uma celebridade. Hoje, casada com um  inglês, mora em Londres, de onde escreveu "As Boas Mulheres da  China".
Seu estilo  é ágil como uma boa reportagem, mas tem o tom certo para emocionar o leitor com  histórias de diversas mulheres sexualmente molestadas, prisioneiras,  homossexuais, universitárias, religiosas. O livro alerta que o direito a vida e  dignidade estão acima dos ditames de qualquer sociedade. Xinran faz parte de uma  nova História, agora não mais escrita por historiadores, mas por jornalistas,  que como diz um ditado chinês: "os policiais apagam incêndios e os jornalistas  ateiam fogo".
Desonrada,  Infiel
A escritora  Xinran, hoje, em sua casa na InglaterraNo início do ano, outras personagens  marcaram a literatura com seus dramas femininos, e assim como Xinran, também  representaram uma força importante na luta a favor dos direitos humanos.  Desonrada, de  Mukhtar Mai, é o relato da paquistanesa estuprada por quatro homens após uma  decisão tribal decidir que ela pagasse por um suposto erro cometido por seu  irmão, este também violentado. A história de Mukhtar, que hoje dirige uma escola  e ainda aguarda novo julgamento de seus agressores, movimentou o noticiário nos  últimos cinco anos, mas ainda está longe de ter um fim. As jirgas, tribunais à  margem do governo oficial ainda tem relevância maior para resolver conflitos e  outras pendengas. Não raro mulheres são usadas nestas barganhas, seja como  punição ou troca de favores. Infiel, narra a impressionante trajetória de Ayaan  Hirsi Ali, desde a infância tradicional muçulmana na Somália até o despertar  intelectual na Holanda e a existência cercada de guarda-costas no Ocidente.  Jovem exilada somali, eleita deputada do Parlamento holandês e conhecida na  Holanda por sua luta pelos direitos da mulher muçulmana e suas críticas ao  fundamentalismo islâmico, Ayaan relata entre outras coisas, em seu livro, a  brutalidade com que as mulheres são submetidas a processos humilhantes e  dolorosos de retirada do clitóris e a situação de opressão e violência contra a  mulher na sociedade muçulmana
http://www.revistaogrito.com/page/11/12/2007/as-boas-mulheres-da-china/
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