quarta-feira, maio 20, 2009

Aung San Suu Kyi-A líder pró-democracia de Mianmarem julgamento

Aung San Suu Kyi, líder pró-democracia e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, acabou de receber novas acusações dias antes do fim do cumprimento da sua pena de 13 anos de prisão. Ela e outros milhares de monges e estudantes foram presos por desafiarem pacificamente a ditadura brutal de seu país, a Birmânia (Mianmar).
Mesmo correndo o risco de sofrer uma retaliação dos militares, os ativistas da Birmânia estão organizando um movimento global pela libertação de Aung San Suu Kyi e de todos os prisioneiros políticos do país. Nós temos apenas 6 dias para ajudá-los a conseguir uma quantidade gigantesca de assinaturas, que serão apresentadas para o Secretário Geral da ONU – Ban Ki Moon semana que vem. A petição pede que ele dê prioridade máxima à libertação dos presos, impondo a libertação como condição para qualquer engajamento com a junta militar. Clique no link para assinar e encaminhe  email para seus amigos, só com um grande número de assinaturas poderemos garantir a libertação de Aung San Suu Kyi e de todos os presos políticos da Birmânia:  
 
No dia 14 de maio, Aung San Suu Kyi foi enviada para o presídio acusada de permitir a entrada de um homem norte-americano em sua casa, violando assim sua prisão domiciliar. A acusação é absurda pois a casa é cercada por guardas militares que são justamente os responsáveis pela guarda do local. Está claro que as acusações recentes são um pretexto para mantê-la presa durante as eleições de 2010.
O regime militar da Birmânia é conhecido pela repressão violenta a qualquer ameaça ao controle militar total. Milhares de pessoas estão presas em condições desumanas, onde não há atendimento médico e onde a prática de tortura e outros abusos são freqüentes. Há uma repressão violenta a grupos étnicos e mais de 1 milhão de pessoas já fugiram do país.
Aung San Suu Kyi é a maior ameaça ao poder da junta militar. Ela é a maior líder do movimento pró-democracia e teve uma vitória esmagadora sobre a junta nas eleições de 1990, sendo portanto a candidata mais forte às eleições programadas para o ano que vem. Ela tem sido presa continuamente desde 1988 – e apesar de estar sob prisão domiciliar, ela não tem contato nenhum com o mundo exterior. No presídio Insein onde ela foi levada semana passada não existe atendimento médico o que significa um enorme risco para as suas graves condições de saúde.
Fontes dizem que o movimento global que está emergindo para pressionar a ONU já está intimidando a junta militar. Mais de 160 exilados da Birmânia e grupos de solidariedade em 24 países estão participando desta campanha. O Secretário Geral da ONU e líderes regionais chaves que estão em contato com o regime militar da Birmânia podem influenciar o destino destes presos políticos. Semana passada o Secretário Geral Ban Ki Moon disse: "Aung San Suu Kyi e todos aqueles que podem contribuir para o futuro do país devem ser libertos".
Petição
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Prisão onde Suu Kyi é julgada tem apelido de "fossa do inferno"
A prisão de segurança máxima de Insein, em Mianmar, onde começou hoje o julgamento da líder da oposição local e Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, é chamada no país asiático de "fossa do inferno" devido às condições subumanas às quais os detentos são submetidos.Por trás de seus altos muros de concreto, entre 200 e 250 dissidentes cumprem longas penas amontoados em minúsculas celas, sob a ameaça constante da tortura, segundo denuncia a Associação de Ajuda aos Presos Políticos de Mianmar (AAPPM).
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A líder pró-democracia de Mianmar, Aung San Suu Kyi, parecia "calma" e "estalando de energia" na audiência de seu julgamento nesta quarta-feira, na capital do país, Yangun, segundo um diplomata britânico que conseguiu permissão para assistir aos procedimentos. Suu Kyi que passou os últimos quase 20 anos de sua vida é acusada de ter violado os termos de sua prisão domiciliar, depois que um americano, John Yettaw, atravessou a nado um lago para chegar à casa em que ela estava confinada. Pelas normas da Constituição do país, Suu Kyi deveria ser libertada no dia 27 de maio, depois de seis anos consecutivos de prisão domiciliar. Mas, na semana passada, ela foi presa depois do incidente e levada ao presídio de Insein, na capital.
As autoridades birmanesas permitiram que um pequeno grupo de jornalistas locais e diplomatas estrangeiros pudessem participar do julgamento iniciado na segunda-feira. Não foi autorizado, entretanto, que fossem feitas imagens dos procedimentos.
O diplomata da Grã-Bretanha em Mianmar, Mark Canning, foi um dos que obteve permissão para observar os procedimentos no caso de Aung San Suu Kyi,

"Ela estava contida, ereta, estalando de energia, no comando de sua equipe de defesa. Os procedimentos foram um policial fornecendo várias provas contra o americano que teve acesso ao complexo onde ela estava", disse. Leia no Estadão

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