Cultivam miseráveis
Adubam a fome
Do saber
Dos direitos
Do alimento
E os famélicos
Arrastam-se
Pedintes
Esmolam
O que lhes é de direito
E àqueles, soberbos!
Seguem sobre carruagens
Com seus séquitos
Aparentemente limpos
Esplendorosos
Corja!
E vão de promessas
E promessas
Planejamentos
De paraíso
Mas sabem àqueles,
pois observaram o inferno
circularam nele
Por longo tempo
E se afastaram
E não se comoveram
Enquanto os famintos
mendigavam
Timidamente
O pão, a vida, a voz
Vida digna
Mas ganhavam no cambio maligno
promessas
E sorrisos nefastos
Pois àqueles os queriam famélicos
Almejavam exclusivamente suas mãos
Trêmulas,magras, ignorantes, desesperadas
Para firmarem suas promessas
E os deixarem permanecer no inferno
Ana Maria C. Bruni
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