Não é direito quando usurpam de meus direitos.
Na trilha da justiça, ignorância não é permitida. Muito menos será alcançada sendo crédula. Ingenuidade nem pensar!
“Sem o carimbo da OAB meu RG não existe”, frase polêmica que gerou alguns protestos nestes anos da turma do carimbo.
A constatação que minha voz de nada valia, que precisaria de porta-voz foi atroz enquanto A corja e policias me agrediam,perseguiam,difamavam,ameaçavam.
Árdua trilha onde os sentimentos são atalhos para o desastre legal e sua vida se arrasta por textos doutrinários, jurisprudências e citações.
E me falaram tempos depois: Escreva sobre Justiça!
Quando criminosos interpõe ações, guiados pelos do carimbo manchado e obrigam suas próprias vítimas se justificarem perante aos do manto negro, não posso falar de justiça. Quando a lei nos cala, a própria justiça falará por nós.
Código civil e penal se tornou meus morses. Constituição já quase de memória, aprendi um pouco de latim neste período “Da mihi factum dabo tibi jus”, depende, aprendi que não bastam os fatos, é fundamental a forma rebuscada de expor-los, preferivelmente em poucas laudas.
Como? Está tudo nestas poucas linhas? Toda minha dor, minha esperança, meu sofrimento, minha vida? Como?
Vai por mim diziam:- O Cara não vai ler!
Não vai ler? Como não vai ler e pretende decidir sobre minha vida?
Quais passos perderam-se na trilha? Não digeri todas as migalhas das leis?
E O CARA não vai ler?
Não, não leram!
Escrevi neste período sobre os Dez mandamentos e Salomão,escrevi sobre a prepotência do homem em fazer a multiplicação da soberba de 10 para 1.000.000 de artigos. Não falo de direitos, nem de princípios, o que era crime hediondo ou contrário à evolução de nossa sociedade tornou-se aceito. O caos liberta o caos.
A mim aprisiona, mata em poucas laudas.
Não, não me peçam para falar de justiça, não me peçam para falar de direitos, muito menos humanos. Não me peçam para falar de juízo só se for o final.
Falarei de Liberdade. Liberta me sinto, a justiça falará por si.
Não existem recomeços quando o caminho ainda não foi por de todo trilhado
"é precisamente a apátrida aquela que se converte numa mulher livre, livre num sentido novo; só aquela que a nada está ligada, a nada deve reverência"
Ana Maria C. Bruni
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