Darfur em uma cela brasileira
Lembre-se de todas as nossas mulheres nas cadeias Lembre-se de todas as nossas mulheres em protestos Lembre-se de todas as nossas mulheres em anos de lutas Lembre-se de todas as nossas mulheres, seus triunfos e lágrimas (Women’s Day Song, África do Sul)
Com o coração rasgado e indignado após saber sobre a menina de Abaetetuba, Pará, que foi violentada por um mês ao ficar presa com 20 homens em uma cela, com a conivência dos policiais, reconheço mais uma vez que há muito ainda a ser feito para o avanço dos direitos humanos das mulheres no Brasil e no mundo. Por isso, não posso e não consigo ficar calada. Sinto-me conectada a vocês, mulheres, pelo nosso gênero em comum e por tudo o que a ele está aliado, incluindo os sofrimentos causados pelo ainda prevalecente afronto à nossa dignidade humana. Por isso, escrevo-lhes esta mensagem e as chamo de “irmãs”, com o mais profundo reconhecimento na nossa natureza divina como geradoras e protetoras da vida.
Quando atos de violência afetam uma mulher, todas nós, incluindo nossas futuras gerações, são afetadas. Darfur, região do Sudão, país da África, no qual milhares de mulheres são mortas e outras não podem ir à busca de comida com medo de serem violentadas por milícias, parecia longe de nós. Mas o caso da menina de Abaetetuba nos lembrou que Darfur está em várias partes do mundo.
Atos de violência ocorrem de diversas formas e incluem o fato de não termos a quem recorrer quando somos violentadas, pois ainda não estruturamos nossa sociedade de forma adequada. Delegacias de mulheres, vagões de trens dedicados somente às mulheres e a Lei Maria da Penha são avanços brasileiros em direção ao respeito e suporte às causas femininas, mas ainda temos muito a conquistar e implementar para eliminarmos a discriminação, o abuso e a violência contra todas nós. Assim, aceitemos todas as mulheres como nossas irmãs e atuemos de acordo. Por exemplo, vamos participar todos os anos da campanha mundial “16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Volência Contra As Mulheres” (www.agende.org.br/16dias/) da forma que pudermos para combatermos esse problema social. Mas precisamos estar unidas em nossas famílias, organizações, empresas e comunidades para promovermos mudanças, não somente nos 16 dias que seguem o Dia 25 de Novembro, Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra as Mulheres, mas todos os dias.
O que podemos fazer? Procurar uma organização que trabalhe especialmente com mulheres em nossas cidades para dar apoio. Educar umas às outras sobre nossos direitos, especialmente sobre a Lei Maria da Penha, que agora completa somente um ano e ainda precisa ser muito divulgada. Trabalhar para prevenir novos casos de violência através da mudança nos sistemas e instituições sociais em direção a uma cultura que tenha valores femininos como fundação.
Cuidemos umas das outras em espírito de irmandade. Nós somos as líderes que estamos procurando. Vamos mudar nossas sociedades começando por nós mesmas, todos os dias, para que futuras Anas escrevam poesias diferentes da poesia abaixo. Sociedade Brasileira ..ela se cala ela se omite ela compactua ela silencia ela não ouve ela não auxilia ela não fala ela não se movimenta ela não se une ela não se solidariza ela é covarde ela é acomodada ela não grita ...ela é você ...ela somos nós Ana Maria C. Bruni Ana Maria C. Bruni é mais uma vítima da violência contra mulheres. Para mais informações visite www.territoriomulher.com.br Às minhas irmãs com amor Ericka Omena Erickson
http://www.politic.com.br/cols_view.php?id=674
http://www.politic.com.br/cols_view.php?id=436
Às vezes não temos controle sobre o que acontece conosco, e também não temos controle sobre a nossa influência sobre outras pessoas. Mas temos controle sobre a nossa atitude diante de todos esses eventos. Sua atitude diante dos fatos que aconteceram e acontecem com você é admirável e promove o fortalecimento da auto-estima e garra de muitas mulheres, mesmo que elas não se comuniquem diretamente com você. A sua entrevista com a Jornalista Vera Matos é mais uma de suas ações que fortalece o nosso movimento pelo respeito e desenvolvimento dos direitos de nós mulheres. Parabéns e mais uma vez obrigada por expor seu caso, sua luta e seus pensamentos. Ericka Omena Erickson
http://www.territoriomulher.com.br/
Lembre-se de todas as nossas mulheres nas cadeias Lembre-se de todas as nossas mulheres em protestos Lembre-se de todas as nossas mulheres em anos de lutas Lembre-se de todas as nossas mulheres, seus triunfos e lágrimas (Women’s Day Song, África do Sul)
Com o coração rasgado e indignado após saber sobre a menina de Abaetetuba, Pará, que foi violentada por um mês ao ficar presa com 20 homens em uma cela, com a conivência dos policiais, reconheço mais uma vez que há muito ainda a ser feito para o avanço dos direitos humanos das mulheres no Brasil e no mundo. Por isso, não posso e não consigo ficar calada. Sinto-me conectada a vocês, mulheres, pelo nosso gênero em comum e por tudo o que a ele está aliado, incluindo os sofrimentos causados pelo ainda prevalecente afronto à nossa dignidade humana. Por isso, escrevo-lhes esta mensagem e as chamo de “irmãs”, com o mais profundo reconhecimento na nossa natureza divina como geradoras e protetoras da vida.
Quando atos de violência afetam uma mulher, todas nós, incluindo nossas futuras gerações, são afetadas. Darfur, região do Sudão, país da África, no qual milhares de mulheres são mortas e outras não podem ir à busca de comida com medo de serem violentadas por milícias, parecia longe de nós. Mas o caso da menina de Abaetetuba nos lembrou que Darfur está em várias partes do mundo.
Atos de violência ocorrem de diversas formas e incluem o fato de não termos a quem recorrer quando somos violentadas, pois ainda não estruturamos nossa sociedade de forma adequada. Delegacias de mulheres, vagões de trens dedicados somente às mulheres e a Lei Maria da Penha são avanços brasileiros em direção ao respeito e suporte às causas femininas, mas ainda temos muito a conquistar e implementar para eliminarmos a discriminação, o abuso e a violência contra todas nós. Assim, aceitemos todas as mulheres como nossas irmãs e atuemos de acordo. Por exemplo, vamos participar todos os anos da campanha mundial “16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Volência Contra As Mulheres” (www.agende.org.br/16dias/) da forma que pudermos para combatermos esse problema social. Mas precisamos estar unidas em nossas famílias, organizações, empresas e comunidades para promovermos mudanças, não somente nos 16 dias que seguem o Dia 25 de Novembro, Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra as Mulheres, mas todos os dias.
O que podemos fazer? Procurar uma organização que trabalhe especialmente com mulheres em nossas cidades para dar apoio. Educar umas às outras sobre nossos direitos, especialmente sobre a Lei Maria da Penha, que agora completa somente um ano e ainda precisa ser muito divulgada. Trabalhar para prevenir novos casos de violência através da mudança nos sistemas e instituições sociais em direção a uma cultura que tenha valores femininos como fundação.
Cuidemos umas das outras em espírito de irmandade. Nós somos as líderes que estamos procurando. Vamos mudar nossas sociedades começando por nós mesmas, todos os dias, para que futuras Anas escrevam poesias diferentes da poesia abaixo. Sociedade Brasileira ..ela se cala ela se omite ela compactua ela silencia ela não ouve ela não auxilia ela não fala ela não se movimenta ela não se une ela não se solidariza ela é covarde ela é acomodada ela não grita ...ela é você ...ela somos nós Ana Maria C. Bruni Ana Maria C. Bruni é mais uma vítima da violência contra mulheres. Para mais informações visite www.territoriomulher.com.br Às minhas irmãs com amor Ericka Omena Erickson
http://www.politic.com.br/cols_view.php?id=674
http://www.politic.com.br/cols_view.php?id=436
Às vezes não temos controle sobre o que acontece conosco, e também não temos controle sobre a nossa influência sobre outras pessoas. Mas temos controle sobre a nossa atitude diante de todos esses eventos. Sua atitude diante dos fatos que aconteceram e acontecem com você é admirável e promove o fortalecimento da auto-estima e garra de muitas mulheres, mesmo que elas não se comuniquem diretamente com você. A sua entrevista com a Jornalista Vera Matos é mais uma de suas ações que fortalece o nosso movimento pelo respeito e desenvolvimento dos direitos de nós mulheres. Parabéns e mais uma vez obrigada por expor seu caso, sua luta e seus pensamentos. Ericka Omena Erickson
http://www.territoriomulher.com.br/
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