Assistir a um dos programas ditos “jornalísticos” na faixa das 17 às 19horas, na nossa TV aberta, é experimentar muito mais o efeito provocado pela dramaturgia do que pela vida real. A não ser que o sujeito esteja drogado, ninguém sai às ruas com aquele olhar frenético adotado pelas câmeras desses policialescos. Nem conversa com as pessoas naquele tom indignado, repleto de interjeições, usado por seus apresentadores e repórteres. E, mesmo quem testemunha um crime ao vivo, por maior que seja seu estado de choque, não terá direito às trilhas sonoras de suspense que embalam o Repórter Cidadão, na RedeTV!, o Cidade Alerta, na Record, e o Brasil Urgente, da Band.A vida enfocada nesses programas não é bem como ela é; é dramatizada como nos melodramas, sempre a pedir uma lente de aumento, uma caricatura da realidade. Não que os casos ali apresentados não tenham de fato ocorrido, mas o número de desgraças por segundo exibidas em todos esses produtos e a forma como são relatadas na tela só dão ao telespectador a sensação de que é ele quem está sob ameaça de prisão, em cárcere privado.
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Sim, apesar de tudo que passei a violência ainda me choca!
E me chocará sempre, a crueldade, a hipocrisia, a traição, os psicopatas!
Sim, fico chocada com os programas e pela maneira que são apresentados
Sim, fico chocada com as Favoritas da Morte
Em pleno Natal o ápice da violência, da psicopatia desenfreada, da traição, dos crimes em todos os lares das famílias brasileiras
Estamos sendo vampirizados, com anestesias coloridas entre comerciais. Sedentos de sangue nos transformam em zumbis cultuando a violência, nos programando a indiferença.
Por isso os criminosos agem, os que poderiam ir contra eles vivem no torpor e morrerão nele.
São muitos crimes, catálogos de nomes que se foram. De maneira vertiginosa sucedem os crimes físicos e morais e nos fazem viver em transe até quando nos atingem diretamente então tentamos apelar para outros como assim tentaram fazer conosco sem exito
Quando falamos de vida dizem ser baboseiras!
Minha Farinha é de outro saco e com certeza não é destas terras!
Ana Maria C. Bruni
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