Não podem estar falando sério! Suas faces demonstram uma determinada indignação, o tom da voz rápido, logo após o famoso “Boa Noite”, contundente, certeiro proclama fúria em relação à violência, mas segue em rajadas o filão do noticiário.A programação, vejamos. Novelas,seriados,filmes onde o horror, a psicopatias, a crueldade são expostas em suas essências.Nosso físico se revolta mas nos dizemos: É só novela, filme ou será que escutamos ao longe o “ Boa Noite “.
O que nos comove mais ou ainda? O drama do personagem da novela ou as lágrimas reais dos pais que perderam seus filhos? Lembramos dos nomes deles ou dos personagens novelescos? Manifestamos nossa indignação escrevendo aos senadores? Ao STJ?As redes de televisão? Ou preferimos opinar nos 0800 dos BBB fantásticos e programas das SA da morte atrás de Ibope?
O que nos comove? Sabemos realmente o que significa “Banalização da Violência”?
Violência é dor,é morte, são ferimentos, é dor na boca do estômago pelo câncer que se forma pela injustiça, é vontade de vomitar e não ter mais do que seu próprio sangue para expelir pelo descaso sofrido, é sorrir no esgar da indignação pela fúria da impunidade em relação a criminosos. Violência são as lágrimas e mais lágrimas que ardem e queimam a face na esperança de aliviar a dor pungente. Violência é olhar e não ver aquele ser amado que se foi e não volta, é não ter mais o abraço ou ser impossibilitado de abraçar pelo medo.
Violência é estar sozinho na sua dor . Violência é o despertar do sentimento de vingança e tentar sufocá-lo pelos princípios nos ensinados por Deus. Violência é Violência.
E a programação atual infantil ? Com seriados onde a violência reina, absoluta,nossas crianças considerando desde cedo os dos outros planetas como inimigos a serem eliminados, já não são suficientes os seres da Terra,flash, raios potentes exterminam qualquer um que se ponha contra as famosas legiões do bem, quem deu este poder a eles?
Mas são desenhos animados dizem os não” Mea culpa.”Que mal faz?O sangue é colorido!
Comerciais vendem sandálinhas cor de rosas e energéticos achocolatados no banho de lutas imortais!
Seguem os Chaves- onde todos batem em todos, fumam cigarros, charutos e batem,beliscam e batem muito nas crianças! Entre pica-paus com suas plumagens vermelhas só vemos maldade, oportunismo,revanchismos e agressões.Seguem tantos, entre Tom e Jerrys, o do espinafre, e Brutus, são muitos!
O que são? Desenhos animados? Não!É a realidade da maldade adulta humana caracterizada em cartoons com os quais educamos e criamos nossas crianças. Como dizem nossa babá eletrônica! Que tranqüilidade deixar nossos pequenos na frente da TV por horas aprendendo como se tornarem maus, como usar armas e serem sacaninhas!
Não podemos permitir que isto continue! São campos energéticos de indução ao mal, diários, constantes em horários programados,hipnoses coletivas induzidas. Nossas crianças enxergam desde cedo a morte, as agressões como fatos banais e então seguimos para nova etapa de programação onde pais exauridos chamam “babás reais” especializadas no conter a violência.
Nesta incoerência vivemos e educamos nossas crianças e jovens.Não creio que menores de 16 anos estejam preparados para assistirem estas novelas, seriados,filmes, mas em resposta seus pais dizem : Ah eles sabem da violência, escutam e vivenciam isto toda hora”. Não percebem seus tutores o círculo vicioso do sistema que os envolve apresentados a eles como normal.” Todo mundo assiste! È assim mesmo e dão de ombros!
Nos conduzem, através da mídia,desarmados para o confronto da violência, assim fizeram os psicopatas ditadores do passado com seus slogans, uniformes, cartazes e bandeiras em cores vibrantes. Hipnoses coletivas em repetições constantes e riram sempre como o pica-pau em seu conhecido He,He,hehehehe e olhar sacana dizendo “ Me dei bem otários!”
Não permitam que nos atirem pedras! Não sejamos otários! Vamos procurar novos hábitos, círculos de vida com princípios morais, éticos e solidários!Vamos criar nossas crianças com firmeza e amor pelos semelhantes.Estamos iniciando um verão, vamos preparar nossa Primavera!
Ana Maria C. Bruni
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