sábado, dezembro 20, 2008

Na Marra, Não!

 O que fazer quando a maioria de um Povo se descobre refém de uma minoria que, em nome de todos, pelas engendrações formais, assumiu um Estado e o manipula em função da sua continuidade no Poder, promovendo o atraso, causando a miséria, fazendo de tudo para não acontecer a alternância?

Ou a população se revolta e pela luta armada põe para correr os tiranos da ocasião e se os alcança os fuzila ou os enforca em praça pública ou, então, se ainda há alguma réstia de democracia e promessas de eleições livres, só resta agarrar-se à crença de que as urnas podem, traduzindo a indignação popular e fazendo valer a vontade da maioria, escorraçar do Poder a tirania de plantão.

O Povo só acreditou que o fascismo e seus abusos haviam acabado na Itália quando o cadáver de Mussolini foi visto dependurado de cabeça para baixo num posto de gasolina em Milão.

As atrocidades do nazismo só tiveram fim quando o mundo teve a certeza de que Hitler estava morto, ele que já escapara de atentados e, por isso, tinha aura de invencível.

Edson Vidigal**Ex-Presidente do STJ e Professor de Direito na UFMA

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