O ataque deste sábado (27) registra o maior número de vítimas palestinas em confronto com Israel num só dia desde a Primeira Intifada (revolta), entre 1987 e 1991. Também é o maior ataque em número de mortos desde os confrontos de março de 2008, que mataram mais de 120 pessoas ao longo de cinco dias.
Os ataques de agora são mais um lance de um conflito iniciado há 60 anos, com a declaração do Estado de Israel, em 1948.
Com a saída das tropas britânicas, o recém-criado país foi alvo de ataques de seus vizinhos árabes. Cerca de 700 mil palestinos, metade da população do país até então controlado pelo Reino Unido, deixam suas casas. Um armistício foi firmado um ano depois, mas não houve uma paz formal.
Israel invadiu a Faixa de Gaza e o Sinai em 1956 e retirou-se seis meses mais tarde.
Em dezembro de 1987, a Primeira Intifada palestina começou nos territórios ocupados. Cerca de 400 israelenses e 1.500 palestinos morreram ao longo de seis anos.
Em 1988, a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), de Yasser Arafat, propôs a criação de um estado palestino que coexistiria pacificamente com Israel, mas os israelenses recusaram a proposta.
Em janeiro de 2006, o grupo islâmico Hamas venceu as eleições parlamentares palestinas. No mesmo ano, uma guerra entre Israel e Líbano foi iniciada depois que miliantes do movimento libanês Hizbollah capturaram dois soldados israelenses. Pelo menos 1.100 libaneses e 157 israelenses morreram em 34 dias de luta.
Em junho de 2007, o Hamas tomou o poder na Faixa de Gaza, até então dominada pelas forças do movimento islâmico Fatah, do presidente palestino Mahmood Abbas.
Em novembro, o presidente dos EUA, George W. Bush, relançou o processo de paz, buscando um acordo sobre a criação do estado palestino para o fim de 2008. Mas o processo não foi adiante.
O Hamas aumentou seu poder na Faixa de Gaza e concordou em junho de 2008 com um cessar-fogo com Israel, mediado pelo Egito. Mas, depois de um período de relativa calma, novos confrontos foram registrados na região, o que fez Israel intensificar o bloqueio econômico da região.
Em 19 de dezembro, o Hamas declarou unilateralmente o fim da trégua, e militantes aumentaram os ataques a território israelense com foguetes lançados a partir de Gaza, inclusive contra alvos civis.
Ambos os lados mostraram que não tinham interesse em uma escalada de violência. Mas o premiê Ehud Olmert disse que não hesitaria em usar todo o poder de Israel para "esmagar" o Hamas se os ataques não continuassem.
Um dia depois de ter aberto a fronteira com Gaza para permitir a entrada de combustível e alimentos, e depois de conversas diplomáticas entre o presidente do Egito, Hosni Mubarak, e a ministra israelense de Relações Exteriores, Tzipi Livni, Israel lançou o ataque que matou mais de 195 pessoas em Gaza.
domingo, dezembro 28, 2008
O confronto entre Israel e palestinos na Faixa de Gaza
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