quarta-feira, dezembro 31, 2008

Surpreendentemente mais um ano,

Festas de fraternidade

Na esperança do branco

Alguns esperam fogos coloridos

Outros procurarão escapar dos fogos mortais

Trilhas diversas de caminhantes do mesmo planeta no ano que finda

Muitos vestidos de branco

Outros de vermelho sangue-dor

Verbalizam-se votos de esperança e paz.

Ao longe ecoam urros de dor, medo e aflição.

Dos caídos pelas guerras declaradas

Dos caídos pela dor emudecida

Se decompõe a realidade da guerra e mortos na fumaça festiva dos incautos

Por instantes os povos se abraçam,

na cumplicidade da omissão.

Procuram resgatar alegrias e bênçãos

Pensam serem os eleitos!

Videntes pairam,observam..

O desvario ilusório dos seres que procuram a liberdade já decomposta na essência.

Eles, os videntes, lastimam os de branco,

que ignoram os de luto

Surpreendentemente mais um ano,

Apesar do clima profético,

Não avançaram, retrocederam

Na covardia utópica

Em guerras eternas sem paz

Aguardam badalar suave de sinos

Escutarão tambores da opressão

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