da Yoani Sanchez Desde Cuba
A diplomacia é dessas artes que me dão comichão, dessas danças que ve-las ocorrer me causam náuseas. Por mais que tento entender os embaixadores, os chanceleres e toda essa estirpe de astutos personagens, somente consigo extrair mais confusão de suas ações. Abraçam-se e dão sorrisos, trocam promessas e saem nas fotos lado a lado. Falam em meu nome, ainda que faz tempo não sobem num ônibus, não entram numa fila, nem sabem o alto preço de um ovo no mercado negro.
No último ano, o ballet apresentado por “nossa” diplomacia teve muito de dança da sedução. Com meias vermelhas sairam bailando e suas promessas de aberturas impressionaram alguns tantos. Sem embargo, desde o terceiro balcão, onde estamos sentados, os cidadãos, cada fouetté nos tem parecido de encomenda e as novas piruetas - tão previsíveis - que geram bocejos. Aborrecida e decepcionada destas coreografias de aparência, passo a bailar ao som da diplomacia popular. Com tanto buffet e champagne desperdiçados, creio que é melhor interromper estes engravatados representantes. Devem existir formas mais cívicas de se encontrar os povos, contatar e ajudar.
Deixemos às chancelarias a farsa dos protocolos de intenção e dos pactos firmados que não se cumprem. Nós - enquanto isso - aproximemo-nos e ponhamo-nos de acôrdo.
Desde Brasil no Dois em Cena
O despacho em favor da moça, dado pelo Juiz Moacir Ferreira Ramos, da 17a. Vara do DF, é antológico:"Ora, Cuba, país de grandes riquezas naturais, é, infelizmente, notoriamente reconhecida por ser regida por um governo repressor, totalitário e retrógrado, que impõe uma ditadura militar há quase meio século e que submete seus administrados a graves restrições no que pertine à dignidade humana e aos direitos a esta correlatos".
Sobre o caso da estudante cubana Lianet Sepúlveda Torres
Um Único bem a liberdade! Juiz federal brasileiro concede refúgio a jovem cubana
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